"D. Branca morava no Porto e sofria, por vezes, de chiliques inofensivos. Era um costume dos últimos anos que a dominavam nas tardes de mau génio. Ficava então toda e toda confundida num deixar-se apoderar de outras cores. D. Branca virava-se encurvada, apopléctica, sem ter mão em si barafustava até ir tudo razo. Para as criadas, nos momentos assim, a vida com D. Branca era negra. Mourejavam o pão e só respiravam claridade quando D. Branca estava a dormir. No sono ela parecia uma pomba mostrando seus cabelos grisalhos."
Ruben A., Cores, 2.ª ed., Lisboa: Assírio & Alvim, 1989, p. 13.
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