Monday, October 11, 2010

ERGUE-SE COMO UMA PEQUENA TORRE



"«Eis o que pode responder a si próprio, no meio da sua infelicidade: 'Não a mereci.' É então a infelicidade de Virgínia, o seu fim, o seu presente estado que lamenta? Ela sofreu a sorte reservada desde a nascença à beleza e aos próprios impérios. A vida do homem, com todos os seus projectos, ergue-se como uma pequena torre cujo remate é a morte. Foi condenada à morte à nascença. Feliz por ter desatado os elos da vida antes da mãe, antes de si, isto é, por não ter sofrido mil mortes antes da última!"


Bernardin de Saint-Pierre, Paulo e Virgínia, trad. Maria do Carmo Santos, Lisboa: Publicações Europa-América, 1974, p. 93.

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