SOL NULO
"Sol nulo dos dias vãos,Cheios de lida e de calma,Aquece ao menos as mãosA quem não entras na alma!Que ao menos a mão, roçandoA mão que por ela passe, Com externo calor brandoO frio da alma disfarce!Senhor, já que a dor é nossaE a fraqueza que ela tem, Dá-nos ao menos a forçaDe não a mostrar a ninguém!"Fernando Pessoa, Ficções do Interlúdio, ed. Fernando Cabral Martins, Lisboa: Assírio & Alvim, 1998, p. 81.
No comments:
Post a Comment