(O Conde D. Raimundo, catedral de Santiago de Compostela) |
"22. Ao escrevermos, publicarmos, produzimos obras que, de uma forma ou outra, se prolongam para lá do nosso tempo, mesmo que só como matéria inerte, lastro de esquecimento. Somos nós, assim, os principais cultores, responsáveis, por uma literatura (e uma cultura) da e para a morte, seduzida por uma ideia póstuma de futuro.(Apócrifo. Os mortos-vivos não necessitam de ser enterrados, só os vivos-mortos precisam de alguém que os sepulte [de uma tendência «mortuária» na cultura e na poesia portuguesas])."
Fernando Guerreiro, Teoria do Fantasma, Lisboa: Mariposa Azual, 2011, pp. 14-15.
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