"- A Décima Primeira Edição vai ser a edição definitiva - disse. - Estamos a dar ao idioma a sua forma final, a forma que há-de ter quando ninguém falar nenhuma outra língua. Quando chegarmos ao fim, pessoas como tu terão que aprendê-la de novo. Julgas com certeza que a nossa principal tarefa é inventar palavras novas. Mas não é nada disso! Estamos é a destruir palavras, dezenas, centenas de palavras por dia. Estamos a reduzir a língua ao seu esqueleto. A Décima Primeira Edição não há-de conter uma única palavra susceptível de se tornar obsoleta antes do ano 2050."
George Orwell, Mil Novecentos e Oitenta e Quatro, trad. Ana Luísa Faria, Lisboa: Antígona, 1999, pp. 56-57.
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