OPHELIA
"é no vaivém da lua que naufraga
uma rosa nocturna assim perdendo
o lume e o perfume em que se apaga
o despegar das pétalas na vaga
vagarosa em que voga estremecendo,
com as grinaldas frouxas que inda traga,
ofélia entre nenúfares descendo,
vestida de palavras e morrendo."
Vasco Graça Moura, Antologia dos Sessenta Anos, Porto: Edições ASA, 2002, p. 131.
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