Wednesday, December 16, 2015
CENTENÁRIO
"Grandes olhos de luz, ó negras alvoradas,
Olhos que fascinais minh'alma como abismos,
Abri-vos para mim, sepulturas sagradas,
Deixai-me aprofundar nos vossos magnetismos!
Incensórios de sombra a arder, olhos profundos,
Que o sonho me envolveis no vosso negro manto,
Quando vós me fitais, puros olhos jucundos,
A minh'alma embriagais como um vinho de encanto.
Largos olhos de amor, estrelas de condão,
Que pela minha noite a rir me iluminais,
Meus olhos envolvei na vossa escuridão,
Que a minha vista seja a treva que me dais!"
Duarte Solano, Coroa de Rosas, Penafiel: Associação dos Amigos da Biblioteca de Penafiel, 2013, p. 104.
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