"Os campos estão desertos
Onde outrora floresciam aldeias,
E ecos de sinos dobrando-se às colinas,
Soluçando o silêncio dos pinhais.
Tempo de solares e mesas postas,
Borborinho e cantos matinais.
Hoje silva o comboio e, indiferentes,
Dedos apontam o muro engrinaldado:
«Ali foi...», mas já o rio surge.
O comboio estremece as fundações da ponte."
Ruy Cinatty, Antologia Poética, ed. Joaquim Manuel Magalhães, Lisboa: Editorial Presença, 1986, p. 35.
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