"Ah e quando. Quando o verde nos interessa
e nós nos recusamos mas por dentro.
e ficamos assim a pensar se devíamos voltar, acontecer,
escrever um livro todo branco. filosofar o tédio
com estilo, percebes,
introduzi-lo na vida de alguém.
ser um talvez na sala, digo quando,
mobilá-la de circunstâncias longuíssimas como
mãos a conhecer as estrelas tontas do champagne e restos de mais
quando. e quando sair e deixar o mundo fingir que tudo está
na mesma apesar de nós, e para quando é o regresso, os papéis,
a sabedoria profunda das essências e
dos poemas carnívoros e nossos.
as cadeiras constroem-se com as mãos, disse, e foi
a frase mais profunda que jamais se disse, e tu sentada en-
tão quando"
Rui Costa, A Nuvem Prateada das Pessoas Graves, Vila Nova de Famalicão: Quasi Edições, 2005, p. 33.
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