"De certo modo, o «real» surge como contingência absoluta, e, portanto, como acidente, interrompendo os «automatismos de repetição», perturbando o curso das coisas, esburacando o «liso» da mathesis projectada sobre a experiência. A contraposição clássica entre «natureza» e «cultura» fundava-se na necessidade de «interiorizar» o «de-fora», que é o mesmo que controlar o «acontecer» do acontecimento. Estamos no momento em que tal contraposição parece ter entrado em crise irremediável, apesar de nunca se falar tanto de «cultura» como hoje."
José A. Bragança de Miranda, Teoria da Cultura, 2ª ed., Lisboa: Edições Século XXI, 2007, p. 96.
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