"Senhor, furação, ânsia.
Antigamente havia violências,
alvitres que não terminavam,
desejos que justificavam.
Desanuviemos a óbvia mendicidade que os restos retraem
por força d' hábito,
a ver, de olhos finitos, o haver tempo para conseguir mais
e espaço que nos proíba os passos em falso.
Senhor, furacão, vida.
Direito de amar
na tempestade."
Ruy Cinatti, "Proposição", in Verbo - Deus Como Interrogação na Poesia Portuguesa, Lisboa: Assírio & Alvim, 2014, p. 54.
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