"Na famosa campanha teatral, sustentada durante uma estação lírica pelos partidários da Bolloni e da Dabedeille, ferveram abundantissimamente através de ovações e de pateadas consecutivas, as provocações recíprocas das «dilletanti», as mocadas, os bofetões e os duelos. Numa ceia oferecida à Dabedeille no restaurante clássico da Ponta da Pedra, Camilo, ao levantar um brinde cavalheiresco à Bolloni vencida, teve a palavra cortada, bem como a testa, por um copo que lhe arremessara um «dabedeillista» intransigente, infrene e embriagado."
Ramalho Ortigão, "O Porto em 1850", in Portugal - a Terra e o Homem, antologia de textos de escritores dos séculos XIX-XX , org. Vitorino Nemésio, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian/Editora Arcádia, 1978, p. 75.