Monday, December 14, 2009

HER RISE FROM OUT THE CHAMBER OF THE DEEP


"E quem já viu a lua, e quem não a viu
Erguer-se da sua profunda câmara,
Vermelha e imponente e nua, como se viesse do quarto
Do noivado consumado, viu-a erguer-se e lançar
Uma confissão de encantamento sobre as ondas.
Confundindo-as com a sua própria inscrição
De felicidade, até que a sua beleza suave vibre em nós,
Derramada e finalmente conhecida, e tenhamos a certeza
Que a beleza é o que existe para além do túmulo,
Essa experiência viva e perfeita que nunca se perde
No nada, e que o tempo virá obscurecer a lua
Mais cedo que a nossa total consumação
Nesta estranha vida que se extingue e que há-de desaparecer."


D. H. Lawrence, Os animais evangélicos e outros poemas, trad. Maria de Lourdes Guimarães. Lisboa: Relógio d'Água, 1994, p. 45.

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