(museu arqueológico, Istambul)
"É controvérsia de cegos pôr em dúvida os poderes da formosura - eloquência contemplada, cadeias de ouro puríssimo, tirania lícita que tudo arrasta após de si, e não sem viva espiritualidade, que então seria apenas a sombra do formoso. No material não há mais que vestígios do belo. O que se não sabe medir é formosura; o que se remira e não entende, que mata fazendo amar, é um composto da alma e do corpo tal que só vós o tendes; aquela flor de graças que imprime a cada acção um espírito; privilégio mudo, fonte de auroras, um mentir para as estrelas e uma verdade para o Sol; admiração dos pincéis, íman das liberdades."
D. Francisco de Portugal, Arte de Galantaria, introd. Joaquim Ferreira, Porto: Editorial Domingos Barreira, 1984, p. 18
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