VIVE TU DAQUILO QUE É O DESGOSTO DO MUNDO
"No porto a corrente acrescentaalgas vermelhas que se elevam das vagas.Eu não tinha de que viver, tu não tinhas com que morrer de mim.Recebi a tua ferida,recebi de ti a terra. Vivetudaquilo que é o desgosto do mundoe não conhece repouso, meu coração.No porto não cessa de cantar a invisívelcorrente,as algas partilham o vento do olhar.Em terraa árvore está cheia de folhase não tem lugar para os frutos."João Miguel Fernandes Jorge, a jornada de cristóvão de távora primeira parte, Lisboa: Editorial Presença, 1986, p. 18.
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