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Se a vida é torpe, a vida dos homens, a arte que a deseja resumir, substituir, emendar será torpe também? Poderei reunir sob a mesma cúpula ética e estética a natureza e as suas perversões? Que fazer com este bicho calamitoso que por vezes imita, e até parece superar, a harmonia de uma gota de orvalho, do canto de um estorninho na tarde que parte?"
Casimiro de Brito, Fragmentos de Babel seguido de Arte Poética, Vila Nova de Famalicão: Quasi Edições, 2007, p. 66.
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