"Maria Adelaide completara dezasseis anos quando lhe colhi as primícias, e, à semelhança do que sucede com frequência na terra onde habitávamos, os pais, que eram pobres, consentiam em que mantivéssemos relações coram populo, indo eu todas as noites dormir na sua companhia. Podia tê-la tirado logo à família, montando-lhe casa à parte, mas nem eu nem os pais sentíamos grande desejo de efectuar a separação: eles porque tendo-a em companhia melhor lhe exploravam os proventos da mancebia; eu para não dar mais solidez à ligação, esperando vagamente que fosse passageira..."
M. Teixeira-Gomes, Maria Adelaide, 4ª ed., Venda Nova: Bertrand Editora, 1992, p. 15.
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