" - Tudo é extraordinário ou nada o é. Os dias parecem-se todos uns aos outros.- Não, não. Outrora não era assim. Em todos os países do mundo, os deuses desceram à terra e amaram mulheres mortais. Ah! Em que leitos será preciso esperá-los, em que florestas será preciso procurá-los, a eles que são um pouco mais que os homens? Que preces será preciso dirigir-lhes para que eles venham, para que me ensinem alguma coisa ou me façam esquecer tudo? E se os deuses não quiserem já descer até mim, se eles estiverem já mortos, se estiverem já velhos, também eu morrerei, Djala, sem ter visto um homem que ponha na minha vida acontecimentos trágicos? "
Pierre Louÿs, Afrodite: costumes antigos, trad. Chagas Franco, Lisboa: Guimarães Editora, 2006, p. 21.
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