" - À noite, a tristeza das igrejas comove-me. Sinto nelas a grandeza do nada.
Ele respondeu-lhe:
- Contudo devemos crer em qualquer coisa. Se Deus não existisse, se a nossa alma não fosse imortal, seria muito triste.
Ela quedou-se imóvel, durante algum tempo, sob os farrapos de sombra que pendiam da abóbada. Depois, disse:
- Meu pobre amigo, nós não sabemos o que fazer desta vida tão curta, e vós desejais outra que não acabe nunca!"
Anatole France, O Lírio Vermelho, trad. Felisbela Godinho Carneiro, Lisboa: Círculo de Leitores, s.d., p. 31.
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