" - Mas porquê? - disse eu. - X..., quaisquer que sejam as suas singularidades, continua a ser humano e o conhecimento do mundo implica o conhecimento da natureza humana com todas as suas variantes.
- Sim, mas um conhecimento superficial, em função de objectos vulgares. Para algo de mais profundo, não tenho a certeza de que o conhecimento do mundo e o conhecimento do homem não sejam dois ramos distintos do conhecimento, que, apesar de poderem coexistir no mesmo coração, podem não estabelecer relações entre si. porém, no homem comum, a sua luta constante com o mundo, embota-lhe a lucidez espiritual indispensável para o conhecimento do que há de essencial em certas personalidades excepcionais, sejam elas boas ou más."
Herman Melville, Billy Budd, trad. José Estêvão Sasportes, Lisboa: Livros do Brasil, s.d., p. 65.
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