MORAR NO TEMPO
"Morar no tempo, mesmo
soterradas, coexistir no ofício durável da
neutralidade: dólmen menir pirâmide ameia
agulha gótica ou soleira
humilde, espelho duradouro
de poderes e impudores, brasão
seixo alvo fonte ou pedra de
arremesso, de jogar, de roçar à espera de
fertilidade, de esmigalhar, urinar,
sepultar. Vértebra
do mundo."
Inês Lourenço, O Jogo das Comparações, Lajes do Pico: Companhia das Ilhas, 2016, p. 60.
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