AS VÉSPERAS
"A noite cai.
A água cai.
Da fonte para a taça
aonde as pombas
outrora brancas
são agora sombras
nas tranças d'água
no cântico da gárgula...
Das sombras nascem morcegos.
A água regelará.
Ó visão, toda de pedra...
Em que sol fossilizado
o amor se tornará?"
José Fernandes Fafe, Poesia (Quase toda e até agora), Lisboa: IN-CM, 1987, p. 110.
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