DAS COISAS ILÍCITAS
"O medo mistura-se ao prazerenquanto ela sorri ao pensar que vai ao seu encontroA caminho do lago o orvalho da montanha refresca-lhe as mangas de sedaQuem se habituaria a estas coisas ilícitas?Somente o receio de faltar ao juramento secretoleva com passos cautelosos ao quiosque de perfumes debrocadoEspreita, procura nos ruídos do ventoesconde-te à espera do amor perfumadoAo pé do muro branco uma flor brinca com a sua sombraSob as persianas vermelhas o brilho disfarçado da luaDocementecom um sopro, a lâmpada apaga-se."Zhang Kajiu, Cinquenta "Xiaoling", selecç. e trad. Albano Martins, Porto: Campo das Letras, 1998, p. 21.
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