"Qual tronco despido
De folha e de flores.
Dos ventos batido
No inverno gelado,
de ardentes queimores
No estio abrasado,
De nada sentido,
Que nada ele sente...
Assim ao prazer,
À dor indifr'ente.
Vão-me horas da vida
Comprida
Correndo,
Vivendo.
Se é vida
Tão triste viver."
Almeida Garrett, Flores sem Fruto, aprs. Paula Morão, 5ª ed., Lisboa: Editorial Comunicação, 1988, p. 57.
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