"Após um dia fatigante para todos, deitaram-se cedo, logo depois do jantar. O silêncio infindo do campo, quase religioso, envolvia a pequena aldeia: um silêncio tranquilo, penetrante, que se estendia até aos astros. As mulheres, habituadas aos serões tumultuosos do estabelecimento público, sentiam-se emocionadas por este surdo repouso dos campos adormecidos. Sentiam-se arrepios, não de frio, mas de solidão, vindos de corações inquietos e perturbados."
Guy de Maupassant, A Casa Tellier, trad. Isabel St. Aubyn, Lisboa: Círculo de Leitores, 1992, pp. 27-28.
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