"Professava os princípios mais erróneos e dissolutos, e reforçava-os com apreciações históricas em que o engenhoso não eliminava o sacrílego. Defendia que nas relações de homem e mulher não há outra lei senão a anarquia, se a anarquia é lei; que o soberano amor nunca deve sujeitar-se a outra coisa que não seja o seu próprio cânone intrínseco, e que as limitações externas da sua soberania não servem mais que para fazer decair a raça, para empobrecer o caudal sanguíneo da Humanidade."
Benito Pérez Galdós, Tristana, trad. José Colaço Barreiros, Lisboa: Teorema, 1993, pp. 23-24.
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