CONSTELAÇÕES
"Olhas desabitado, a presença,
olhava-me com os olhos de ninguém:
feixe de reflexos sobre precipícios.
Olhei lá para dentro: o quarto era o meu quarto,
e eu não estava. Ao ser, nada lhe falta
- sempre pleno de si, jamais o mesmo -
ainda que nós já não estejamos... Fora,
embora indecisas, claridades:
a alba, entre confusas açoteias,
E já as constelações se apagavam."
Octavio Paz, Árvore Adentro, trad. Luís Alves da Costa, Lisboa: Vega, 1994, p. 65.
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