"Amor com duradoura poesia, se resta algum, está nos brutos que imodestamente dizemos irracionais. O mundo marcha, diz o estilista francês, que escreve os seus apocalipses não sei em que Patmos dalguma betesga de Paris. Pois se o mundo marcha, de esperar é que os rouxinóis dos nossos sinceirais e as bestas-feras dos deserto líbicos, venham na correnteza dos séculos a entenderem as contradições económicas de Bastiat; e, depois, de poesias sobre a Terra ficará apenas alguma que por aí anda ritmada, a qual não será melhor percebida que o hieroglíficos do Nilo. Pobre poesia!"
Camilo Castelo Branco, Doze Casamentos Felizes, 2.ª ed., Mem Martins: Publicações Europa-América, 1989, pp. 18-19.
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