"A nostalgia pseudo-romântica dos bons velhos tempos no estilo e na imagem faz parte daquelas mentiras vitais que nos estupidificam e nos roubam. Vivemos de um modo diferente do dos nossos antepassados e pensamos de um modo diferente do dos nossos avoengos. E assim como estes estão definitivamente mortos, também a época da sua vontade de forma material e artística está morta. Os bons edifícios podem sem dúvida subsistir como monumentos da sua época, mas aquilo que é mediano tem de dar lugar ao novo. A solução natural que o correr do tempo acaba por impor é também a única possível. Por sua vez, toda a tentativa em sentido contrário não passa de uma mentira."
Fritz Karpfen, Kitsch, trad. João Tiago Proença, Lisboa: Antígona, 2017, p. 74.
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