"Na verdade, qual destes, sob uma forte pressão, resistirá,
de forma a escapar à aniquilação, sob os próprios dentes da morte?
O fogo, a água, o ar? Qual destes? O sangue ou os ossos?
Nenhum, ao que julgo, porque todos estes corpos são de essência mortal,
tal qual como as coisas que vemos manifestamente perecer diante dos nossos olhos,
vencidas por alguma força. E reafirmo coisas já anteriormente provadas:
que nem uma coisa pode desaparecer do nada nem do nada pode nascer."
Lucrécio, Da Natureza das Coisas, I, 851-858, trad. Luís Manuel Gaspar Cerqueira, Lisboa: Relógio D'Água Editores, 2015, p. 61.
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