"- Há muitos homens que bebem, senhor, e nós vemos que alguns até ficam bem dispostos e de bom humor, e outros tornam-se fanfarrões ou que querem lutar com os companheiros. No do meu pai, quando bebia era como se não se fartasse de ver sofrer, e como eu estava à mão, tinha prazer em tratar-me mal. Nessas alturas, era um homem diferente - até tinha um aspeto diferente, senhor, como se um homem cruel estivesse sempre dentro dele e a bebida o trouxesse cá para fora.
- Ou o deixasse sair - disse o Patrão em voz baixa."
Valerie Martin, Mary Reilly, trad. Maria Filomena Duarte, Lisboa: Círculo de Leitores, 1996, p. 31.
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