"Ainda não conhecia, não compreendia, não imaginava as dificuldades, o perigo, a austeridade da vida que lhe estava destinada. A sua atuação, a sua expressão, impedia que alguém suspeitasse que ele sentia o contraste que o opunha às grandes massas. Esse ser pequenino era um sonho, livre de quaisquer responsabilidades e cuidadosamente manipulado do exterior; uma vida que se desenrolava num palco que mal se abrangia com a vista. E este palco pululava de figuras coloridas, de comparsas e atores com papéis furtivos e de outros com papéis eternos."
Thomas Mann, Sua Alteza Real, s. trad., Lisboa: Livros do Brasil, s.d, p. 46.
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