"Calculai uma vasta roda, tal corrente constituída por seres vários, a girar com fúria. Fazia ela um zumbido, um cantar entre o urro do animal e a voz humana. Embora girasse com rapidez - aquela atropelada multidão - eu podia distinguir ásperos e agudos cornos, caudas estrebuchantes, dorsos que ondulavam frenéticos de prazer, mamas e ventres bambos. Animais e assemelhados humanos compunham aquele agrupamento. Eram bichos e espíritos da ilha, gozando de uma festa, e alumiados pela lua."
Dinah Silveira de Queiroz, A Ilha dos Demónios (Margarida La Rocque), Lisboa: Edição Livros do Brasil, s.d., pp. 123-124.
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