"Nos dias ociosos
que pena senti pelo tempo perdido!
Mas terá sido alguma vez perdido, Senhor?
Não tiveste Tu a minha vida,
a cada instante, em tuas mãos?
Escondido no coração das coisas,
Tu nutres sementes
e transforma-las em rebentos,
e os botões em flores
e as flores em frutos.
Estava eu cansado,
dormitando no meu leito ocioso,
e pensava que nada fazia.
Quando acordei, pela manhã,
vi o meu jardim
cheio de flores maravilhosas."
Rabindranath Tagore, O Coração da Primavera, 3.ª ed., trad. Manuel Simões, Braga: Editorial A.O., 1990, p. 65.
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