"Dirijo o olhar ao que dormita, enquanto as nuvens se acastelam sobre o nosso grupo. Um clarão se Lhe forma, à volta das têmporas, decorrente dos lampejos dos quatro pontos cardiais, resumindo-se na púrpura do norte, no roxo do sul, no amarelo do levante, no laranja do ocaso. E tem o cérebro infantil, sobre o qual a madeixa doirada esvoaça, a simbólica distensão do Universo, com suas galáxias e suas constelações, seu fogo e seu gelo, suas linhas invisíveis que os meteoritos percorrem."
Mário Cláudio, A Fuga para o Egipto, Lisboa: Quetzal, 1987, p. 15.
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