"Só há depois, quando o quisermos
para continuar a nossa vida
no que de pouco arguida
ela tiver em si, nos ermos
de que não somos medida,
e da inadaptação que tivermos
para entender e ser sentida
a extensão dos termos
de que aceitamos viver.
Esse depois será total
porque não o poderemos ver.
E outros iguais homens aflitos
se gastarão em busca do sinal
dos mesmos mitos."
E. M. de Melo e Castro, "Para um Dia", in Trans(a)parências - Poesia I (1950-1990), Sintra: Tertúlia, 1990, p. 17.
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