«Que insensato és! E suportarias tu contemplar, sem te arrepiares, um ser vomitado pelas mandíbulas do túmulo? E será que tu também és o mesmo de quem ela se apartou? Pois terá o tempo passado sobre o teu rosto sem nele deixar marcas? Será que o teu amor não se converteria em ódio e repulsa?»
«Mais depressa as estrelas abandonariam o alto firmamento, e o Sol doravante se recusaria a espalhar os seus raios pelos céus. Oh!, que ela se encontrasse diante de mim uma vez mais! Que uma vez mais repousasse sobre este peito! Quão depressa olvidaríamos que a morte ou o tempo alguma vez se interpusera entre nós!»"
Johann Ludwig Tieck, "Não Acordes os Mortos", in Histórias de Vampiros, trad. Margarida Periquito, Lisboa: Relógio D' Água, 2008, p. 53.