"Tinha terminado o enorme esplendor de cintilações, aquela chuva de sol que abatera o grande vento de angústia soprado na véspera sobre o seu espírito. O seu coração voltava a apertar-se com uma indizível tristeza. Agora, com um dia claro e de uma lucidez que tinha, apesar de tudo, reflexos na sua alma, renascia a lembrança da pavorosa noite naquelas ruínas, com a vergonha de se ter visto tão perturbado por uma estada nas trevas."
J.-K. Huysmans, O Castelo do Homem Ancorado, trad. Aníbal Fernandes, Lisboa: Sistema Solar, 2018, p. 50.
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