"Na paisagem que amanhece
jaz o corpo de ninguém
maior do que a noite
e os olhos que ela tem
jaz um pouco de lado
voltado para a lua
coberto de nada
na paisagem nua
nunca teve um nome
não espera o Além
o corpo que jaz
e é de ninguém"
António José Forte, Uma Faca nos Dentes e Outros Textos, Lisboa: Antígona, 2017, p. 106.
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