"Todas as manhãs corria até chegar ao cimo do monte. Queria ser o primeiro a saudar o sol. Abria as janelas e deixava que o primeiro raio de sol se refractasse nas águas adormecidas do meu ser.
Hoje, um artigo de jornal veio lembrar-me que o sol - também ele - um dia se há-de extinguir. E nem o facto de isso só vir a acontecer daqui a alguns milhões de anos conseguiu atenuar a minha dor."
Hoje, um artigo de jornal veio lembrar-me que o sol - também ele - um dia se há-de extinguir. E nem o facto de isso só vir a acontecer daqui a alguns milhões de anos conseguiu atenuar a minha dor."
Jorge Sousa Braga, O Poeta Nu [poesia reunida], Lisboa: Assírio & Alvim, 2007, p. 135.
1 comment:
lindíssimo este tom de azul...
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