Tuesday, November 9, 2010

DO DESTINO AZUL


"Todas as manhãs corria até chegar ao cimo do monte. Queria ser o primeiro a saudar o sol. Abria as janelas e deixava que o primeiro raio de sol se refractasse nas águas adormecidas do meu ser.

Hoje, um artigo de jornal veio lembrar-me que o sol - também ele - um dia se há-de extinguir. E nem o facto de isso só vir a acontecer daqui a alguns milhões de anos conseguiu atenuar a minha dor."

Jorge Sousa Braga, O Poeta Nu [poesia reunida], Lisboa: Assírio & Alvim, 2007, p. 135.

1 comment:

Joana Blu said...

lindíssimo este tom de azul...