"Os astros virginais, as límpidas estrelasAntónio Nobre, Primeiros Versos, Porto: Lello & Irmão Editores, 1984, p. 142.
Que eu vejo reluzir nas amplidões do ar!
Pintam com mimo e graça extraordinária as telas.
São artistas de Deus: sabem também pintar!
A sua luz desenha estranhas aguarelas
À superfície da água, e vão assim criar
As estrelas gentis, tão simples e tão belas
Que vivem nas regiões fantásticas do mar.
Cada estrela do céu, silenciosa e calma,
Com sua luz imprime, e forma, estampa e cria
Uma estrela do mar, dando-lhe vida e alma.
O mar é, pois, o céu; mas, ah! ninguém se acoite
Nesse infinito azul... que se na Altura é dia,
Nesse outro mundo, o oceano, é noite... e sempre noite!"
Monday, November 21, 2011
NINGUÉM SE ACOITE
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