Sunday, January 13, 2013

A CRENÇA


"Queria muito acreditar no homem mas, insensatez por insensatez, Deus parece-me mais coerente. São sem dúvida palavras oriundas do estado em que se encontra, da sua escravidão, palavras da arte, não daquilo que usualmente é. Dias em que o nada é o único amigo que temos. Dias em que, contrariamente ao valor ético da alegria, nos resta somente o valor estético da tristeza. A existência é um erro inevitável."
Paulo José Miranda, Natureza Morta, Lisboa: Editorial Cotovia, 1998, pp. 111-112.

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