"No estado nervoso em que me encontro, não suporto melhor um moralista desumano do que o ópio por ferver. Seja como for, quem me obriga a carregar um fardo de auto-negação e mortificação, numa viagem de aperfeiçoamento moral, vai ter de me provar claramente que o esforço vale a pena. No actual momento da minha vida (trinta e seis anos de idade) é de supor que não disponho de muitas energias para esbanjar; apenas as estritamente necessárias para os trabalhos intelectuais que tenho em mãos; portanto, que ninguém espere assustar-me com palavras ásperas e convencer-me a embarcar em desesperadas aventuras de moralidade."
Thomas de Quincey, Confissões de um opiómano inglês, trad. Manuel João Gomes, Lisboa: Contexto, 1989, p. 93.
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