"Toda a geração advém de algo que se corrompe, e tudo o que se corrompe foi previamente gerado. Do mesmo modo, qualquer corrupção procede de algo que foi gerado, e tudo o que foi gerado procede daquilo que se corrompeu. Assim, anteriormente a qualquer geração está uma geração, e anteriormente a qualquer corrupção, uma corrupção. Logo, não se deve considerar uma primeira geração nem uma primeira corrupção. Logo, a geração e a corrupção são eternas. Logo, o mundo é eterno, pois o que se gera e o que se corrompe são as partes do mundo que não podem precedê-lo na duração."
Boécio da Dácia, A Eternidade do Mundo, trad. Mário A. Santiago de Carvalho, Lisboa: Colibri, 1996, p. 43.
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