"As massas negras das árvores estão tão imóveisPierre Louÿs, O Sexo de Ler de Bilitis, trad. Maria Gabriela Llansol, Lisboa: Relógio d'Água, 2010, p. 235.
como as montanhas. As estrelas enchem um céu imenso.
Uma aragem quente como um sopro humano acaricia-me
os olhos e o rosto.
Ó Noite que deste à luz os deuses!, como passas
docemente pelos meus lábios, cálida pelos meus cabelos,
penetrando-me tão à vontade que me fazes sentir prenha
da tua primavera!
As flores que florirão é em mim que todas vão florir.
O vento que respira sou eu a respirar. O perfume
que se exala é o meu desejo a fluir. Meus olhos são o firmamento
das estrelas.
Tua voz é o ruído do mar? Será o silêncio das planícies?
Não a compreendo, sinto apenas que me arremessa
a cabeça aos pés. É essa tua voz que me faz correr lágrimas
pelas mãos."
Tuesday, January 22, 2013
LE VENT QUI RESPIRE EST MON HALEINE
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