"Demasiado sincero comigo mesmo, demasiado altivo interiormente para querer desmentir com as minhas obras os meus princípios, pus-me a ponderar o destino dos meus filhos, e as minhas relações com a mãe, as leis da natureza, da justiça e da razão, as daquela religião pura, santa, eterna como o seu autor, que os homens mancharam fingindo querer purificá-la, e de que apenas fizeram, com as suas fórmulas, uma religião de palavras, visto que pouco custa prescrever o impossível quando nos dispensamos de o praticar."
Jean-Jacques Rousseau, Confissões, VIII, 2.ª ed., trad. Fernando Lopes Graça, Lisboa: Portugália Editora, 1964, pp. 345-346.
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