"Toda a gente estava convencida de que não se podiam exprimir tão ao vivo sentimentos se não haviam experimentado, nem pintar desta maneira os arroubos do amor, sem ser através do próprio coração. Nisso tinham razão, e o certo é que eu escrevera o romance nos mais ardentes êxtases; mas enganavam-se quando pensavam que haviam sido necessários objectos reais para os despertar; estavam longe de imaginar a que ponto eu sou capaz de me inflamar por seres imaginários."
Jean-Jacques Rousseau, Confissões, XI, 2.ª ed., trad. Fernando Lopes Graça, Lisboa: Portugália Editora, 1964, p+. 529-530.
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