"Será excelente habitar aí, pois nem o verão é tórrido nem o inverno incómodo, mas prolonga-se incessantemente uma amena primavera; nem a noite é demasiado escura, pois há uma claridade luminosa e indefectível de estrelas no firmamento.
Em contraste, porém, à sua volta, por toda a parte, seja dentro seja fora, há um manto de escuridão tão espessa de nuvens negras que não há olhar acutilante que nela seja capaz de penetrar a não ser que por consentimento divino haja alguma revelação."
Anónimo, Viagem de Trezenzónio ao Paraíso, na Ilha do Solstício, trad. e ed. Aires A. Nascimento, in Navegação de S. Brandão nas fontes portuguesas medievais, Lisboa: Edições Colibri, 1998, p. 229.
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