"Assim ele começou a parti-lo, com todos a assistir. Então o ambicioso homem encontrou no estômago do peixe aquela chave com que, como ouvistes, o pescador, 17 anos antes, fechara Gregório tão infamemente.
Depois lançara a chave à água e exclamava que se algum dia a reavesse da profundeza do lago, Gregório estaria sem pecados. Quando ele a encontrou no peixe, reconheceu de repente que estava cego e agarrou-se impetuosamente com as duas mãos à cabeça. Apesar do muito que eu o aborreça noutras coisas, nesta altura eu tê-lo-ia ajudado, se estivesse presente."
Hartmann von Aue, Gregório, trad. Alois Weimer, Porto: Figueirinhas, s.d., pp. 97-98.
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