"Quem de sua vida muitos paradoxos concilia
e agradecido numa imagem os enuncia,
nada impede
que os tumultuosos do palácio faça sair,
festeja de outra forma, e tu és convidado a vir
onde ele nas tardes calmas te recebe.
Tu és o segundo da sua solidão,
o centro sereno em que seus monólogos se dão;
e cada círculo a te rodear,
expande-lhe do tempo o movimento circular."
Rainer Maria Rilke, O Livro de Horas, trad. Maria Teresa Dias Furtado, Lisboa: Assírio & Alvim, 2008, p. 61.
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